sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

PF não quer mais mexer com peixe graúdo

Lembra-se do delegado Protógenes Queiroz? Pois bem, então você deve lembrar também que ele foi afastado do caso da Operação Satiagraha e se tornou símbolo contra a corrupção nesse país.

O delegado da Polícia Federal abriu o jogo em entrevista e disse que seus colegas de corporação evitam participar de missões com elevada carga de complexidade com receio de sofrer represálias.

“Não querem mexer com peixe graúdo. Definitivamente, não. Hoje paira um estado de letargia, um estado de desconfiança no seio da classe da Polícia Federal” - revela o delegado.

“Já ouvi vários relatos de colegas dentro da Polícia Federal, falando que hoje eles estão apenas na condição de servidor público federal, de quererem cumprir apenas o horário preestabelecido para desenvolver sua atividade, sem se envolver em nenhum ato complexo que venha a causar algum prejuízo profissional para si próprio e para sua família, a exemplo do que ocorreu comigo”, afirmou o delegado, que teve seu próprio apartamento vasculhado por policiais após ser afastado do comando da Satiagraha.

Para ele, a operação policial provocou uma "crise institucional no país". "O que se discutia há alguns meses era restringir a atividade policial, a atividade do Ministério Público e até mesmo da magistratura."

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