Permita-me fazer um relato do que presenciei ontem, e com isso muito mais feliz e animado com a continuidade da saga do matuto sonhador.
Fui ontem a Mossoró resolver uns problemas no trabalho e fazer algumas compras: adereços e material para o figurino do filme.
Encontrei-me com Pintado (protagonista do filme) em Frutuoso Gomes e o convidei para me acompanhar até Mossoró.
Depois de passar no Itep, fomos ao centro de Mossoró, e logo no estacionamento um flanelinha reconheceu Pintado e externou toda a sua satisfação em se encontrar com “Inácio Garapa”. “Meu pai não vai acreditar que eu abracei Inácio Garapa. Eu queria ter uma máquina aqui pra fazer uma foto,” disse emocionado.
Ao passarmos nas calçadas com bancas de camelôs que vendem DVDs, eles gritavam: “olhe, é ele, é Inácio Garapa”. E ali se formava uma roda de conversa, risos e perguntas. A principal, quando iria sair o próximo filme.
Fomos ao Shopping, e na loja Miranda Computação, a moça que estava no caixa, olhava para Pintado e não parava de sorrir. Quando ela percebeu disse que achava que conhecia Pintado de algum lugar. Pintado perguntou: Não seria do filme Inácio Garapa? Ela disparou na risada e disse que viu o filme em Catolé do Rocha/PB. E ali os vendedores se aproximaram.
Na volta, em um posto de combustível em Rafael Godeiro , os dois frentistas ficaram apontando para o carro e rindo enquanto abasteciam. Um deles me indagou: Aquele ou é Inácio Garapa ou o clone dele. Eu disse que era o próprio, e os frentistas perguntaram se poderiam conversar com ele. Ao descer do carro foi mais de 20 minutos de conversa sobre o filme e o quanto gostaram do trabalho.
Pintado foi até convidado para ser garoto propaganda da loja Maré Mansa em Pau dos Ferros.
Eu não estou aqui promovendo o filme, o que presenciei foi uma realidade. No post abaixo vocês lêem de como um professor de Nova Parnamirim tomou conhecimento e solicitou o filme. Um alexandriense, que no momento me falta o nome, disse que esteve em uma grande loja de venda de pneus em Natal e lá uma TV de LCD exibia o filme para os clientes.
São várias pessoas que vem de outras cidades passando por Alexandria e procuram os personagens do filme para tirar fotos. Teve um mossoroense que se deslocou até o Outeiro (local onde foi gravado a maioria das cenas do filme) para tirar fotos dos locais.
Eu sei que o filme é um grande sucesso, mas não imaginava que os personagens tivessem um status de personalidades como eu pude presenciar com essa viagem ao lado do protagonista do filme.
Fico triste em dizer isso, mas Alexandria não conhece o sucesso e a proporção que esse filme está galgando Brasil afora. Sei que a popularidade do filme aqui foi enorme, mas existem aqueles não querem enxergar. Recentemente eu fiz uma reunião com o elenco visando traçar metas para continuidade da saga do matuto sonhador.
Eu não queria falar sobre o assunto, mas a oportunidade me obriga. Eu não comprei um carro com dinheiro do filme como andaram enchendo a cabeça do elenco, mas com o suor do meu trabalho. Inclusive ele nem me pertence ainda, é de propriedade do banco, enquanto eu não pagar as 40 prestações do mesmo. O filme, no final, me deixou um prejuízo considerável.
Se eu estou enfrentando mais uma batalha, é pelo sucesso que ele está alcançando, pela cultura de Alexandria e também porque ele me promove. Estive ontem conversando com Dr. Nazareno, diretor do Itep no Rio Grande do Norte e ele me concedeu uma licença de 3 meses para gravar o filme. Mesmo que eu tenha direito, essa licença não sairia, porque o órgão precisa do meu trabalho.
O elenco do filme já se propôs a trabalhar na continuidade do Inácio Garapa, Um Matuto Sonhador 02, sem cobrar cachê. Entenderam as dificuldades. Mesmo que eu resolvesse pagar míseros R$ 400 para cada pessoa do elenco, que vão se juntar a outros nessa nova produção, eu teria que desembolsar mais R$ 5 mil. Eles merecem muito mais, mas não posso arcar com esse custo. Já adquirimos uma câmera profissional Full HD, estamos adquirindo um tripé e equipamento para captação de áudio profissionais. O custo inicial com esses equipamentos já é de R$ 17 mil, com a confecção dos DVDs sobre para R$ 22 mil, e ainda tem o custo geral da produção com as gravações que pode chegar a R$ 30 mil.
Recebi de um amigo “porreta”, Netinho, irmão de Bezé que residem em São Paulo , uma ajuda financeira de R$ 5 mil. Por enquanto é só isso que temos. Estou correndo um grande risco, porque vocês sabem que a pirataria toma de conta. Da primeira produção vendemos apenas 680 DVDs, com uma receita de R$ 13.600 mil, muito pouco para quem arcou com uma despesa de mais de R$ 20 mil. Os patrocínios, como ninguém acreditava que a produção alcançasse o sucesso que é (nem eu), foram de R$ 600 cada. Só faz isso quem gosta, quem ama a cultura de sua terra e região. Eu não tenho esses recursos para o próximo, estou contando com a sorte.
Se você é alexandriense ou não, mas que gosta de Alexandria, se puder nos ajudar seremos muito gratos. Pois caso contrário a Barriguda Filmes corre o risco de falir no auge do sucesso. E posso garantir que o roteiro do próximo filme, não deixa a dever ao primeiro.
Estaremos destinando um espaço na contracapa do DVD para inserir o nome de todos aqueles que pretendem nos ajudar e o espaço para anunciar a sua empresa no filme.
Desculpem o desabafo, mas eu entrei nessa dança acreditando nos alexandrienses.
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Um comentário:
Caro Amigo J. Gomes, fiquei muito alegre do Sucesso do seu primeiro Filme. Se os patrocinios ainda não estão aparecendo para o segundo lançamento, tenha calma, vamos correr atrás, com certeza eles virão.
Obs. Se não for possivel lançar em Novembro, pode adiar para frente, mas com certeza os Alexandrienses irão sensibilizar com sua capacidade, sua força de vontande e pricipalmente seus méritos. Vamos em frente.
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