Quem me passou a informação foi
um vereador de Alexandria. Se o fato condiz com a verdade, com que direito o
governo do estado pode interferir dessa maneira no nosso território? Corrijam-me
se eu estiver errado.
Para construir uma escola, uma
unidade de saúde, casas populares etc. a Câmara Municipal tem que aprovar
projeto do Executivo Municipal pedindo a doação do terreno para o Estado, pois
o mesmo não pode construir em terreno do município. Então como procede que uma
adutora seja construída em território do município de Alexandria, pela
prefeitura de Tenente Ananias, para beneficiar comunidades daquele município
sem autorização e pagamento para utilização dessa água ao Serviço Autônomo de Água
e Esgoto de Alexandria – SAAE?
O governo do Estado está
construindo uma adutora que virá até Alexandria. Mas, se o município quiser
usar a água dessa adutora terá que pagar a Caern, pois a distribuição em
Alexandria não é gerenciada pelo órgão do estado.
Segundo informações, desse mesmo
vereador, os trabalhos de continuidade da pequena adutora deram prosseguimento depois
que o prefeito Alberto Patrício mandou arrancar os canos que adentraram em
território de Alexandria.
Eu recebi algumas informações que
este blogueiro não estava sendo visto com bons olhos pelo povo de Tenente
Ananias, ou pelos moradores das comunidades que seriam assistidas por essa
adutora. Da mesma forma me confidenciou o advogado Francisco Genilson, que
abraçou a causa em defesa dos moradores e associações das comunidades de
Bananeiras e adjacência, que estão muito preocupados.
Quero deixar claro que a minha
intenção, como alexandriense e morador desse torrão, é defender o que nos é de
direito e preservar o que hoje temos de melhor. Os alexandrienses sabem muito
bem as décadas de sofrimento com a falta do precioso líquido. O município de Tenente
Ananias tem dois açudes, onde as suas bacias hidrográficas superam, e muito, a
que nós temos. Então porque estão querendo usar a nossa água? A lógica é que o
vizinho município não quer gastar mais para construir uma adutora partindo de
um de seus mananciais. Nesse caso temos que fornecer a nossa água, e de graça? Um
outro ponto que deve ser levado em consideração é que o açude Bananeiras construído
pelo governo do estado não existe mais. Ele não passa de uma lembrança com a
sua antiga parede.
Por falar em parede, as duas
fotos abaixo mostram o quanto à vazão de água do açude Bananeiras está elevada.
Esta primeira foto mostra quando o açude estava na sua capacidade máxima. A lâmina
de água estava quase dois metros acima da parede do antigo açude.
Esta segunda foto, tirada por mim
a semana passada, mostra que houve a separação do açude novo do velho, em pouco
mais de um ano. Inclusive com a alvenaria onde era o sangradouro a descoberto. Se
tivermos, que Deus no livre, um ano péssimo de inverno no próximo ano, como
indica as previsões, já teremos que nos preocupar.
A Câmara de Vereadores de
Alexandria parece não ter tomado conhecimento da situação. Apenas o vereador
Germano Júnior, irmão do advogado Dr. Genilson, relatou sobre o fato. Os demais
vereadores, principalmente aqueles que vivem fazendo pronunciamento sobre
algumas comunidades que sofrem com a falta de água, não tocaram nem no assunto.
Se esquivam.
O prefeito Alberto Patrício, como
tal, tomou as providências que todos os alexandrienses esperavam que o fosse:
disse não a adutora e mandou arrancar os canos quando o nosso território foi
invadido. Dar a César o que é de César: em final de mandato, com vários
problemas, sendo derrotado nas urnas; Alberto mostrou pulso e não temeu. Parece
estar sozinho nessa jornada, que não se sabe como vai terminar.
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