quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ex-prefeito de Tenente teria dito que governadora autorizou o município usar a água do açude Bananeiras


Quem me passou a informação foi um vereador de Alexandria. Se o fato condiz com a verdade, com que direito o governo do estado pode interferir dessa maneira no nosso território? Corrijam-me se eu estiver errado.

Para construir uma escola, uma unidade de saúde, casas populares etc. a Câmara Municipal tem que aprovar projeto do Executivo Municipal pedindo a doação do terreno para o Estado, pois o mesmo não pode construir em terreno do município. Então como procede que uma adutora seja construída em território do município de Alexandria, pela prefeitura de Tenente Ananias, para beneficiar comunidades daquele município sem autorização e pagamento para utilização dessa água ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Alexandria – SAAE?

O governo do Estado está construindo uma adutora que virá até Alexandria. Mas, se o município quiser usar a água dessa adutora terá que pagar a Caern, pois a distribuição em Alexandria não é gerenciada pelo órgão do estado.

Segundo informações, desse mesmo vereador, os trabalhos de continuidade da pequena adutora deram prosseguimento depois que o prefeito Alberto Patrício mandou arrancar os canos que adentraram em território de Alexandria.

Eu recebi algumas informações que este blogueiro não estava sendo visto com bons olhos pelo povo de Tenente Ananias, ou pelos moradores das comunidades que seriam assistidas por essa adutora. Da mesma forma me confidenciou o advogado Francisco Genilson, que abraçou a causa em defesa dos moradores e associações das comunidades de Bananeiras e adjacência, que estão muito preocupados.

Quero deixar claro que a minha intenção, como alexandriense e morador desse torrão, é defender o que nos é de direito e preservar o que hoje temos de melhor. Os alexandrienses sabem muito bem as décadas de sofrimento com a falta do precioso líquido. O município de Tenente Ananias tem dois açudes, onde as suas bacias hidrográficas superam, e muito, a que nós temos. Então porque estão querendo usar a nossa água? A lógica é que o vizinho município não quer gastar mais para construir uma adutora partindo de um de seus mananciais. Nesse caso temos que fornecer a nossa água, e de graça? Um outro ponto que deve ser levado em consideração é que o açude Bananeiras construído pelo governo do estado não existe mais. Ele não passa de uma lembrança com a sua antiga parede.

Por falar em parede, as duas fotos abaixo mostram o quanto à vazão de água do açude Bananeiras está elevada. Esta primeira foto mostra quando o açude estava na sua capacidade máxima. A lâmina de água estava quase dois metros acima da parede do antigo açude.

Esta segunda foto, tirada por mim a semana passada, mostra que houve a separação do açude novo do velho, em pouco mais de um ano. Inclusive com a alvenaria onde era o sangradouro a descoberto. Se tivermos, que Deus no livre, um ano péssimo de inverno no próximo ano, como indica as previsões, já teremos que nos preocupar.

A Câmara de Vereadores de Alexandria parece não ter tomado conhecimento da situação. Apenas o vereador Germano Júnior, irmão do advogado Dr. Genilson, relatou sobre o fato. Os demais vereadores, principalmente aqueles que vivem fazendo pronunciamento sobre algumas comunidades que sofrem com a falta de água, não tocaram nem no assunto. Se esquivam.

O prefeito Alberto Patrício, como tal, tomou as providências que todos os alexandrienses esperavam que o fosse: disse não a adutora e mandou arrancar os canos quando o nosso território foi invadido. Dar a César o que é de César: em final de mandato, com vários problemas, sendo derrotado nas urnas; Alberto mostrou pulso e não temeu. Parece estar sozinho nessa jornada, que não se sabe como vai terminar.

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