Os dois candidatos, Dra. Jânia Fernandes e
Ernani Júnior, foram dois heróis solitários. A oposição fez o prefeito, mas foi
uma vitória com gosto de derrota.
Uma maioria dos poderosos políticos de
Alexandria de apenas 394 votos. Esperavam uma maioria esmagadora de mais de
1.500 sufrágios. Muitos perderam apostas concedendo maioria de mais de 500
votos.
Era assim quando da composição das chapas. A
oposição marchava com sete dos nove vereadores. Com o apoio de Napoleão Veras e
o presidente da Câmara Municipal Chiquinho Pires, além de arrancar o vice Edilberto
Oliveira.
Além dos solitários Dra Jânia e Ernani Júnior,
contar apenas com dois vereadores, tinha o indigesto apoio do tão rejeitado
prefeito Alberto Patrício. Não resta dúvida de que teve um trabalho e uma força
de vontade impar para eleger a sua candidata, mas a sua impopularidade, o atraso
do funcionalismo municipal, foi crucial para a vitória do seu principal inimigo
político.
É isso mesmo. É a minha opinião. Se Alberto
não tivesse subido em palanque, ficasse apenas assistindo de longe e liberando
os seus eleitores, 394 sufrário é um número menor do que o de eleitores
insatisfeitos e que escolheram votar em Dr. Nei não por opção, mas por vingança.
Não adianta tapar o sol com a peneira. Essa
foi à realidade da chapa situacionista. Só não ver quem não quer.
Outro grande derrotado em Alexandria, mesmo
obtendo a vitória para prefeito, foi o PMDB. Chiquinho Pires perdeu a cadeira
no Legislativo Municipal.
Derrota maior foi a do PT de Alexandria. Voltou
à estaca zero. Corrinha do PT apostou muito mal. Deixou de concorrer novamente
a uma cadeira no Legislativo para por a sua filha Naterra e aventurar uma boa
votação que a colocasse em fortes condições para a próxima campanha. Não passou
dos 130 votos e a sua filha obteve apenas 105.
A jogada de Corrinha foi feita sem combinar
com os outros afiliados ao partido. Corrinha esperava que membros como
Gleyberson Gomes, Karli Robson, Professor Júnior e outros, se candidatassem
para engrossar os votos de legenda e, assim, a sua filha Naterra tivesse mais
chances de ocupar a cadeira que ela deixava. Como eu disse em post no início da
campana, contou com o ovo no fiofó da galinha. E mesmo que a sua estratégia
tivesse dado certo, era preciso combinar também com o eleitor. A votação de
Naterra foi frustrante. Concorrendo novamente ao Legislativo, as chances de
Corrinha seriam maiores. O PT de Alexandria voltou à estaca zero.
E Neta Brejeira, o que falar? Deus não
estava do dela como imaginava. Ou melhor: o eleitor. Deus estava apenas na
cabeça da candidata.
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