segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Algumas peculiaridades da nossa campanha


Os dois candidatos, Dra. Jânia Fernandes e Ernani Júnior, foram dois heróis solitários. A oposição fez o prefeito, mas foi uma vitória com gosto de derrota.

Uma maioria dos poderosos políticos de Alexandria de apenas 394 votos. Esperavam uma maioria esmagadora de mais de 1.500 sufrágios. Muitos perderam apostas concedendo maioria de mais de 500 votos.

Era assim quando da composição das chapas. A oposição marchava com sete dos nove vereadores. Com o apoio de Napoleão Veras e o presidente da Câmara Municipal Chiquinho Pires, além de arrancar o vice Edilberto Oliveira.

Além dos solitários Dra Jânia e Ernani Júnior, contar apenas com dois vereadores, tinha o indigesto apoio do tão rejeitado prefeito Alberto Patrício. Não resta dúvida de que teve um trabalho e uma força de vontade impar para eleger a sua candidata, mas a sua impopularidade, o atraso do funcionalismo municipal, foi crucial para a vitória do seu principal inimigo político.

É isso mesmo. É a minha opinião. Se Alberto não tivesse subido em palanque, ficasse apenas assistindo de longe e liberando os seus eleitores, 394 sufrário é um número menor do que o de eleitores insatisfeitos e que escolheram votar em Dr. Nei não por opção, mas por vingança.

Não adianta tapar o sol com a peneira. Essa foi à realidade da chapa situacionista. Só não ver quem não quer.

Outro grande derrotado em Alexandria, mesmo obtendo a vitória para prefeito, foi o PMDB. Chiquinho Pires perdeu a cadeira no Legislativo Municipal.

Derrota maior foi a do PT de Alexandria. Voltou à estaca zero. Corrinha do PT apostou muito mal. Deixou de concorrer novamente a uma cadeira no Legislativo para por a sua filha Naterra e aventurar uma boa votação que a colocasse em fortes condições para a próxima campanha. Não passou dos 130 votos e a sua filha obteve apenas 105.

A jogada de Corrinha foi feita sem combinar com os outros afiliados ao partido. Corrinha esperava que membros como Gleyberson Gomes, Karli Robson, Professor Júnior e outros, se candidatassem para engrossar os votos de legenda e, assim, a sua filha Naterra tivesse mais chances de ocupar a cadeira que ela deixava. Como eu disse em post no início da campana, contou com o ovo no fiofó da galinha. E mesmo que a sua estratégia tivesse dado certo, era preciso combinar também com o eleitor. A votação de Naterra foi frustrante. Concorrendo novamente ao Legislativo, as chances de Corrinha seriam maiores. O PT de Alexandria voltou à estaca zero.

E Neta Brejeira, o que falar? Deus não estava do dela como imaginava. Ou melhor: o eleitor. Deus estava apenas na cabeça da candidata.

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