Acho que todos pensaram assim
quando começou a bater nas telhas das residências na terrinha alguns pingos d’água
anunciando a chegada da chuva.
Mas, durou pouco. Foram só alguns
pingos. O céu continua com o prenúncio de que possa cair uma chuva mais tarde.
Com a falta de notícias boas (uma
escassez danada por aqui), bem que poderia começar com muita água caindo para
banhar a poeira. Quem sabe aquele cheirinho de terra molhada – onde já estamos
com saudades – não desperte na mente de algumas pessoas o desejo coletivo? Poderia,
ainda, além de arejar o tempo, também a mente daqueles que pensam em governar
esse pedacinho de chão, que além de seco, sem geração de renda, queda de
recursos com a baixa do coeficiente do FPM, perca de alunos para outros municípios,
sem os serviços do SUS funcionando a contento e ainda com outra administração
ruim? Pode botar no próximo ano uma placa na entrada da cidade: “FECHADA PARA
BALANÇO”.
Comecei numa simples chuvinha e
terminei nisso. O pior é que eu não estou inventando. Assim como estamos
precisando de chuva, principalmente os que residem em comunidades distantes da
Sede de município, vamos precisar de um administrador que realize uma gestão
para equilibrar as contas e totalmente voltada para uma política de geração de emprego
e renda. Sei que isso não se faz em curto prazo, mas, deve ser um começo.
As antigas formas de administrar
com assistencialismo com finalidades politiqueiras, vão continuar a ser a
ferramenta que vai afundar de vez esse município.
Pensem bem no que já fomos e o
que somos hoje. Os culpados? Nós eleitores que sempre escolhemos os mesmos
administradores. Só mudam os grupos, mas a escola administrativa é a mesma.
Estamos precisando de chuva, mas
isso não depende nós. Pelo menos o inverno é de ano em ano. Nunca se ouviu
falar de um inverno de quatro anos, e o administrador escolhido será de muito
inverno ou de muita seca. O problema é que esse solo não suportará mais quatro
anos de seca, depois de décadas.
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