Ontem à noite me acomodei bem para assistir a entrevista com o presidente Lula no Canal Livre da Band, pelos jornalistas Fernando Mitre, José Luiz Datena, Boris Casoy, Antonio Teles e Joelmir Beting.
Confesso que esperava mais, e por isso acho que a entrevista não abordou ou não foi a fundo em temas relevantes dentro do governo e outros que ocupam a mídia no momento.
Mostrou pontos positivos do governo, principalmente a política econômica, onde é inegável o avanço. No primeiro bloco da entrevista o tema foi a política internacional, onde esteve confortável e lembrou o metalúrgico sem curso superior que conversa de igual para igual com as lideranças mundiais. O episódio de Cuba não foi explorado.
Questionado sobre a reforma tributária disse que não foi feita porque o Congresso não deixou, e quando indagado sobre a reforma sindical, onde antes de assumir o cargo disse ser um compromisso seu porque “dessa área eu entendo”, alegou que o grupo de trabalho para concebê-la não avançou.
Criticou a imprensa por mostrar só a violência. Datena, atingido diretamente por ter um programa na área, retrucou e disse que para acabar com os programas da área policial era preciso acabar primeiro com a violência das ruas, com a violência causada pela corrupção. O presidente disse que tinha dados estatísticos que comprovavam que a violência havia diminuído.
Chamou os empresários da área de comunicação de covardes por não participarem da Conferência Nacional de Comunicação. Sobre documentos que comprovavam que poderia ser implantada censura a imprensa, Lula disse que isso não existia no seu governo e eram apenas planos de linhas partidárias. Afirmou que a censura era imposta muito mais pelos patrões. Garantiu que no seu governo não houve censura. “Brincar com a democracia, meu caro, eu não brinco, porque já vivi sem ela” - disse.
Disse que o Brasil está projetado para ser uma das 5 potências econômicas mundiais seja qual for o presidente, mas admitiu que ainda é preciso investir muito em infra-estrutura, e apresentou o PAC 2 para avançar no setor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário