Ontem o repórter da Rede Globo dizia em sua transmissão, ao vivo, depois do anúncio da escolha do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016, que o Brasil havia feito barba, cabelo e bigode, se referindo ao Pam que aconteceu no Rio em 2008, a Copa de 2014 e agora as Olimpíadas em 2016.
Levando em consideração que um sujeito pobre faz o cabelo uma vez por mês (e olhe lá), para ficar com a cara lisinha que nem bunda de neném vai ao barbeiro uma vez por semana (aparar o bigode vai na conta) e para ficar bem apresentável também é preciso fazer as unhas; custa caro mudar o visual para festa mudando o visual de uma vez só.
Não resta dúvida que o Brasil ganhará uma grande projeção mundial se fizer bem o seu dever de casa, mas convenhamos que será gasto muito dinheiro do contribuinte para realizar os dois maiores eventos esportivos do planeta em dois anos de um para o outro (sem contar que já tivemos o Pam). Ninguém tem idéia da soma em dinheiro que o contribuinte vai ter que desembolsar, e muitos menos os anos que vai ter para ressarcir aos cofres públicos.
Apenas para lembrar, o governo afirmou que não ia liberar recursos para recuperação e construção de estádios para a Copa de 2014. Voltou atrás e, para haver a Copa, vai financiar através do BNDES.
Como perguntar não paga imposto: será que o país está tão estruturado para ser o palco mundial do esporte durante oito anos sem comprometer ainda os serviços essenciais para população mais pobre?
Antes que alguém diga o contrário, eu não sou contra o Rio sediar os jogos, o que me preocupa é o fato de estarmos saindo de uma severa crise (embora que os municípios estão vivenciando-a agora), não termos condições de oferecer uma estrutura a altura de um evento de magnitude importância.
Hoje o Brasil está participando da sua festa particular, amanhã ele vai promover duas grandes festas para a comunidade mundial.
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