segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Moleques de rua

Já quiseram me levar ao canto de parede por usar o terno da cabeça deste post em notas anteriores.

Moleque – O termo pode ser usado para aferir um patife, velhaco, indivíduo sem palavra, engraçado, jocoso, a “menino de pouca idade”. Claro que é a última sugestão a que me refiro.

O fato é que cresce o número de “moleques de rua” na terrinha, movidos pelos centavos que são distribuídos por pessoas que freqüentam bares, restaurantes, até para se ver livre dos garotos que chegam cutucando os clientes – hei, me dê R$ 50 centavos! Me dê um pedaço de carne e esse resto de Coca-cola!

E o tempo de peraltices para eles é coisa do passado. Estão sim, em uma escola que lhes forma para um futuro marginal.

No sábado, estava em minha residência, por voltadas 22 horas, quando a vizinha me chamou e informou que três moleques tentavam abrir o meu carro que estava estacionado bem em frente. Já é a segunda vez que isso acontece.

Uma hora depois, estava eu em frente ao Arca Clube para participar da festa, e lá estavam eles pedindo a quem estava na fila para entrada. Uma pessoa questionou o horário de eles estarem na rua e indagou: “cuidado no Conselho Tutelar!” A resposta foi na bucha: “o Conselho Tutelar não serve nem pra botar a gente pra dormir...”

Eu já conversei com alguns membros do Conselho, pessoas responsáveis e de índole ilibada, que expressaram as dificuldades para realização das funções, até porque é necessário um trabalho conjunto entre o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Mas, a verdade é que o fato precisa ter uma atenção especial e urgente. Esses garotos estão freqüentando uma escola? Como está a frequência? Os diretores de escolas estão seguindo as orientações do projeto FICAI implantado em maio deste ano? Os pais, responsáveis diretos, já foram comunicados ou levado o caso ao Ministério Público?

As respostas deveriam ser a solução, mas, o problema parece ser maior do que a simplicidade que o mesmo apresenta. A terrinha não é um fato isolado, mas, o mal ainda está em fase de adolescência.

O artigo postado na coluna Espaço Aberto, nos leva a uma boa reflexão – partindo pelo lado educacional – sobre esse assunto. Não deixe de ler.

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