Da
Coluna de Cláudio Humberto:
O
constrangedor silêncio de Lula na mais grave crise da República esconde uma
estratégia marota, típica dele, um ex-agitador de porta de fábrica: manobrar a
reforma política por meio de sindicatos e dos “movimentos sociais”. Seu
objetivo, com a “convocação” do plebiscito, é fazer o PT se apropriar das
reivindicações espontâneas das ruas, e solidificar o projeto de poder do
partido, caso decida retornar em 2014.
Lula
admitiu a interlocutores que não abre mão dessa bandeira e que irá conduzir o
processo de reforma política que Dilma não conseguiu.
Questionado,
o ex-presidente avisou através do Instituto Lula que como sempre “não tem nada
a dizer” e “muito menos” a esta coluna.
Na
tentativa de diminuir a resistência ao plebiscito, a presidenta passou o dia
ontem em uma maratona de reuniões com os parlamentares.
Há
mais de ano Dilma vinha sendo alertada para os perigos de desatenção com os
grandes eventos no Brasil. Deu no que deu e ainda não tivemos os eventos
principais. Foi alertada várias vezes. Agora está colhendo os frutos que
plantou. Desprezou todos os avisos.
Até
o PT, que demora a entender as coisas, percebeu os erros do governo. Ela foi
severamente criticada na reunião da bancada do PT na Câmara, esta semana, por
desprezar a Fifa e os grande eventos.
A
presidenta agora jura que não há dinheiro público na construção dos estádios,
mas fez questão de colar a imagem do seu governo às obras, mandando o ministro
Aldo Rebelo (Esporte) visitá-las e fiscalizá-las.
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