A
conta de luz do consumidor residencial no Brasil é a sexta mais cara entre os
principais países do mundo. Estudo da Associação Brasileira dos Distribuidores
de Energia Elétrica (Abradee), que compara as tarifas médias de energia
praticadas em 19 países a partir de dados da Eurostat – cruzados com
informações do Fundo Monetário Internacional (FMI) –, mostra que, em centavos
de dólares por quilowatt/hora, a conta de energia no país, incluindo os
impostos, é mais cara do que no Chile, Holanda, Portugal, Espanha, Reino Unido,
Estados Unidos e Argentina, entre outras nações. Por outro lado, a tarifa
brasileira é mais barata do que na Dinamarca, Alemanha, Noruega, Itália e Suécia.
Retirando
os impostos e encargos que incidem sobre a conta de energia, a posição
brasileira no ranking das tarifas mais caras cai para o décimo lugar. Ao todo,
de acordo com Nélson Fonseca Leite, presidente da Abradee, cerca de 45% do
valor que o consumidor paga em sua fatura de energia são impostos e encargos.
“O Brasil tem a terceira maior carga tributária do mundo sobre a energia
elétrica”, diz. De acordo com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI),
apesar da elevada base hidráulica – 84% da oferta interna de eletricidade – a
energia elétrica deixou de ser uma vantagem competitiva do setor produtivo no
Brasil. Entre 2001 e 2010, enquanto os preços industriais (medido pelo
IPA-Indústria Geral) cresceram 119%, a tarifa de energia para a indústria cresceu
190%.
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