Pela grandiosidade, o palácio espelhado que será a sede do Tribunal Superior Eleitoral ofusca dois vizinhos antes imbatíveis: o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior do Trabalho. Os números realçam um absurdo monumento à ostentação: R$ 357 milhões só para construí-lo. E um valor que nem o próprio TSE sabe estimar em móveis e instalações. No total, mais de meio bilhão de reais. Tudo isso para apenas sete ministros e para funcionar só às terças e quintas. À noite.
Dos sete ministros do TSE, três são do Supremo Tribunal e dois do Superior Tribunal de Justiça, onde têm gabinetes e estruturas próprias. Um ministro do TST observa: enquanto o TSE julga duas centenas de processos por ano, nas prateleiras dos vizinhos acumulam-se milhões.
Só existe Justiça Eleitoral no Brasil. Em vez de se discutir sua extinção ou reduzi-la a um setor do STJ, gastam-se milhões para reafirmá-la.
(Fonte: Cláudio Humberto)
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