Pesquisa do Ibope não se questiona. Parece regra, diante do prestígio que o instituto goza em nível nacional. É até antipático desconfiar, porém... porém... existem algumas distorções que não podem passar sem registro.
A coluna refere-se às duas pesquisas Ibope realizadas no RN, com números conflitantes, mesmo tendo sido realizadas no curto espaço de cinco dias e sem qualquer fato novo que justificasse a alteração nos gráficos. Na primeira, publicada no dia 14/08, a candidata Rosalba Ciarlini (DEM) apareceu com 48%, Iberê Ferreira (PSB) com 20% e Carlos Eduardo com 12%; na segunda, divulgada no dia 19/08, Rosalba aparece com 44%, Iberê com 24% e Carlos Eduardo vem com 14%.
O Ibope mexeu com oito pontos. O que houve, então? A coluna foi buscar a justificativa na amostragem das duas pesquisas e descobriu que o instituto mexeu com o número de entrevistas, diminuindo em Mossoró, reduto eleitoral de Rosalba, e aumentando em cidades onde Iberê e Carlos Eduardo tem melhor performance, como São Gonçalo e Parnamirim, respectivamente.
O comparativo entre a amostragem em cada município indica que o primeiro levantamento registrou 70 entrevistas
O interessante é que o Ibope não alterou o número global dos entrevistados: 812. Ou seja, apenas direcionou a distribuição de questionários, diminuindo numa área e despejando noutra, produzindo, assim, a alteração desejada. Dessa forma, o Ibope acerta na matemática simples, não permitindo margem de erro nos números tabulados e apresentados à Justiça Eleitoral, porém é na amostragem onde a realidade pode ser desvirtuada. Para tirar alguma dúvida, veja a amostragem das duas pesquisas Ibope no www.tre-rn.gov.br.
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